23 de ago. de 2011

Álvaro não perdoa... mata


“Quem bate esquece, quem apanha não”, disse ontem (22) o senador Álvaro Dias, líder do PSDB no Senado, sobre o comando do partido no Paraná, nos últimos anos representado pelo governador Beto Richa, ter lhe negado qualquer oportunidade de disputar o governo nas duas ultimas eleições. O senador disse ter certeza que mesmo tendo pesquisa a seu favor, não lhe dariam espaço para concorrer. O episódio foi repetido agora, com o ex-deputado Gustavo Fruet, este sim, liderando a pesquisa para prefeito de Curitiba em 2012 e ainda assim descartado por Richa em favor da candidatura de um aliado. 

Álvaro também falou da aposentadoria como ex-governador, outra rusga que tem com o atual governador, e disse que desistiu do processo que movia para obter o direito de recebê-la para evitar mais desgaste. “É um direito adquirido que eu abri mão há 20 anos e me foi negado agora. Eu iria doar. Podem dizer que isso era demagogia, o que for, mas Deus sabe das minhas intenções. É estranho que para embolsar pode-se receber e para doar não”, observou. Das requeridas no ano passado, a dele foi a única a ser negada pelo governo Richa, as outras foram suspensas através de decreto.

Ainda criticando a cúpula do PSDB paranaense, Álvaro Dias disse que o presidente da Câmara de Curitiba, João Cláudio Derosso, filiado ao partido, deveria ser afastado tanto do comando do legislativo municipal quanto do partido. Derosso é acusado e investigado por supostas irregularidades na licitação e contrato de empresa de publicidade para a Câmara e pratica de nepotismo, entre outras coisas.

Para o senador, o afastamento é a primeira coisa a ser feita até que se esclareça tudo. “E os esclarecimentos só virão se houver lisura na investigação. Como pode haver lisura, se o acusado estiver com a chave da casa, mandando nela. Se o acusado for inocentado, volta e será desagravado diante da imprensa e da comunidade”, observou.

Álvaro Dias também comentou o fato de ele e o irmão terem posições diferentes em relação ao governo federal petista. Em entrevista a rádio BandNews, explicou: “Eu não posso concordar com o Osmar Dias. Ele é meu irmão, mas politicamente nós estamos afastados. Não há como estarmos juntos”. Osmar é do PDT, partido aliado do PT.

“Nunca se roubou tanto no Brasil. O rastelo é banguela. Procuram iludir a opinião pública, mas a faxina é seletiva. Quem ta derrubando os ministros é uma parcela da imprensa que preserva a indignação”, apontou Álvaro. Para ele, a forma de administrar do PT é promíscua, até por engordar demais. O senador criticou a criação de Ministérios, Secretarias, empresas e cargos para acomodar governistas, o que provoca corrupção de todo tipo e por isso, “o governo foge da CPI como o diabo foge da cruz”, arrematou. (Roseli Valério)

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